Bem Vindos ao blog da Manú. Este espaço é para os amigos, papais e mamães que perderam seus anjinhos!

domingo, 25 de setembro de 2011

A dor de se perder um filho é igual até nos livros...

Vou escrever abaixo, uma passagem do livro que estou lendo atualmente, que se chama "A cidade do Sol", do mesmo autor de "O caçador de Pipas", chamado Khaled Hosseini. Indico ambos os livros, pois são ótimos...


"A cidade do Sol", entre outras coisas, fala da historia de uma mulher muçulmana chamada Mariam, que se vê obrigada a casar com apenas 15 anos, com um homem com mais de quarenta, isso tudo depois que sua mãe Nana se mata enforcada.
Bem, o que vou mencionar abaixo é a passagem do livro onde Mariam, que estava grávida, perde seu filho, em um aborto. Essa passagem mostra tão bem o sentimento que nós mães tivemos e ainda temos em relação a nossas perdas. Segue...


(...) A dor continuava a surpreender Mariam. Bastava ela pensar no berço inacabado, ali no galpão do jardim, ou no casaco de camurça guardado no armário de Rashid (marido). Com isso o bebê ganhava vida e ela podia ouvi-lo, podia ouvi-lo resmungar, com fome, podia ouvir seus murmúrios e seus balbucios. Sentia a criança farejando os seus seios. Aquela dor a invadia, a dominava, revirava todo o seu ser. Mariam estava estarrecida: como podia sentir tanta saudade de alguém que jamais tinha chagado a ver?

(...)Mariam estava com medo de sair. De repente tinha inveja das mulheres da vizinhança com aquela profusão de filhos. algumas delas, com sete ou oito, não percebiam a sorte que tinham, como eram abençoadas por aquelas crianças terem florescido em seu útero, sobrevivido para se remexer em seus braços, mamar em seus seios. (...) Mariam ficava indignada quando ouvia aquelas mulheres se queixando porque os filhos não se comportavam ou as filhas eram preguiçosas.
Uma voz, em sua cabeça, tentava consolá-la com palavras bem intencionadas, mas inúteis.
"Você vai ter outros filhos, Inshallah. Ainda é jovem, com certeza terá outras oportunidades".
Mas a dor de Mariam não era vaga e indeterminada. Estava sofrendo por aquele bebê, aquela criança em particular, que, por algum tempo, a tinha feito tão feliz.

Às vezes, achava que o bebê tinha sido uma benção que ela não merecia, e que estava sendo punida por algo que tinha feito. (...) Outros dias, ficava torturada pela raiva, tudo aquilo era culpa de Rashid, seu marido. (...) Não, não era de Rashid. A culpa era toda dela. Teve raiva de si mesma por dormir na posição errada, comer coisas condimentadas demais, não comer bastante frutas, tomar muito chá.
A culpa era de Deus, por zombar dela daquele jeito. Por não lhe conceder o que concedia a tantas outras mulheres. Por acenar para ela de forma tão sedutora, com a  coisa que a deixaria mais feliz e, depois, voltar atrás.

Mas de nada adiantava tudo aquilo, todas essas acusações, toda essa procura por culpados. Ter esses pensamentos era até um verdadeiro sacrilégio. Allah (Deus) não é malvado, não é um Deus mesquinho. 
As palavras de mulá Faizullah ressoavam em sua cabeça: "Bendito seja aquele em cujas mãos está o reino e que tem o poder sobre tudo, que criou a vida e a morte, para testar-vos e saber quem de vós age melhor".

Dilacerada pela culpa, Mariam se ajoelhava no chão e rezava, pedindo perdão poe esses pensamentos.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Ser chique é...

Autor Desconhecido - Enviado na minha pagina do Orkut.


Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas, como nos dias de hoje. A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas. Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro italiano. 

O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida. Chique mesmo é quem fala baixo. Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras. Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio. 

Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta. Chique mesmo é parar na faixa e dar passagem ao pedestre e evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua. Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador. É lembrar do aniversário dos amigos. 

Chique mesmo é não se exceder jamais! Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir. Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor. É "desligar o radar" quando estiverem sentados à mesa do restaurante, e prestar verdadeira atenção à sua companhia. Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios. 

Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite! No entanto, para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos retornar ao mesmo lugar, na mesma forma de energia. 

Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem. Porque, no final das contas, chique mesmo é ser feliz!


domingo, 18 de setembro de 2011

Oie gente... ainda ando por aqui...

Olá pessoal, como estão? Faz tempo que não venho aqui dar noticias né, mas de vez em quando eu apareço!

Bem, primeiramente gostaria de expressar a minha alegria  em relação à gravides da amiga Roberta, do blog "Estamos juntos, é o que importa...". Fico realmente muito feliz em ver que as mamães de anjos que conheço estão engravidando novamente.
Que Deus abençoe muito a Roberta e esse pequeno ser que habita seu ventre e que o tempo passe rapidinho pra gente poder conhecer essa benção, que será seu bebê!!

Hoje seria mais um mês de mêsversário da Manu, o de um ano e um mês de vida... Não tô triste não, graças a Deus, mas a saudade é inevitável. Amo tanto minha filha e ela me faz uma falta sem tamanho. Mas sei que Deus está cuidando muito bem dela para mim, e isso me conforta bastante!

Os últimos dias não tiveram muitas mudanças no meu dia a dia, tenho trabalhado bastante... quer dizer, dias sim dias nem tanto, pois o trampo tá um pouco fraco, mas acredito que com a chegada do fim de ano as coisas irão ficar bem corridas por lá... Ah, uma coisa que aconteceu foi o papai da Manu ter voltado a trabalhar. Acho que não cheguei a falar aqui, mas ele ficou desempregado em Julho, e está com alguns pequenos grandes problemas para receber os direitos dele, mas graças a Deus, essa semana ele arrumou outro trampo, que vai dar pra ele ir se virando enquanto as coisas não se resolvem, e depois que tudo tiver certo, ele irá procurar algo na área dele. 

Semana passada comemoramos o aniversário da priminha da Manu, a Julinha... ela fez dois anos, e apesar de o aniversario dela ser um dia antes do falecimento da prima, não foi tão ruim assim, até porque já faz um ano, e no ano passado foi comemorado da mesma forma, apesar de tudo. E dessa vez não iria ser diferente!
Depois coloco algumas fotos do niver aqui no blog.

Bem, por enquanto é só isso... espero não demorar tanto pra voltar a postar, mas é que pra variar meu computador está daquele jeito e não tenho paciência pra ficar uma hora na frente dele pra conseguir abrir uma pagina... rsrsrs

Uma linda semana pra todos, que Deus abençoe a cada um de vocês! Bjks

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Fundo da Piscina

Um excelente nadador tinha o costume de correr até a água e molhar somente o dedão do pé antes de qualquer mergulho. Alguém intrigado com aquele comportamento, lhe perguntou qual a razão daquele hábito.

O nadador sorriu respondeu: Há alguns anos eu era um professor de natação. Eu os ensinava a nadar e a saltar do trampolim. Certa noite, eu não conseguia dormir, e fui até a piscina para nadar um pouco. Não acendi a luz, pois a lua brilhava através do teto de vidro do clube. Quando eu estava no trampolim, vi minha sombra na parede da frente. Com os braços abertos, minha imagem formava uma magnífica cruz.

Em vez de saltar, fiquei ali parado, contemplando minha imagem. Nesse momento pensei na cruz de Jesus Cristo e em seu significado. Eu não era um cristão, mas quando criança aprendi que Jesus tinha morrido na cruz para nos salvar pelo seu precioso sangue. Naquele momento as palavras daquele ensinamento me vieram a mente e me fizeram recordar do que eu havia aprendido sobre a morte de Jesus. Não sei quanto tempo fiquei ali parado com os braços estendidos.

Finalmente desci do trampolim e fui até a escada para mergulhar na água. Desci a escada e meus pés tocaram o piso duro e liso do fundo da piscina. Haviam esvaziado a piscina e eu não tinha percebido. Tremi todo, e senti um calafrio na espinha. Se eu tivesse saltado seria meu último salto. Naquela noite a imagem da cruz na parede salvou a minha vida. Fiquei tão agradecido a Deus, que ajoelhei na beira da piscina, confessei os meus pecados e me entreguei a Ele, consciente de que foi exatamente em uma cruz que Jesus morreu para me salvar.

Naquela noite fui salvo duas vezes e, para nunca mais me esquecer, sempre que vou até piscina molho o dedão do pé antes. Deus tem um plano na vida de cada um de nós e não adianta, querermos apressar, ou retardar as coisas, pois tudo acontecerá no seu devido tempo e esse tempo é o tempo Dele e não o nosso...

Porque DEUS amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

05/09/2011 - Em memoria...



Há um ano atrás eu recebia a pior noticia da minha vida. Um noticia que iria transformar minha vida completamente... A minha filha tão amada, tão desejada tinha partido... tinha se tornado um anjo de Deus. Ela se foi a exatas 8h35 minutos de um domingo triste, doloroso. Quando ,e ligaram do hospital, ela ainda estava viva, mas quando cheguei lá ela já tinha partido. 

A dor no meu peito era tanta que assim que entrei na sala em que estava e vi seu corpinho coberto por um lençol branco, partiu de dentro de mim um grito de dor, de medo, de angustia... Um grito tão alto, um grito que saiu sem querer, sem eu mandar... Meus Deus, como eu queria que tudo aquilo não passasse de um sonho ruim. Mas infelizmente não era...

Ela estava ali, sem vida. Havia partido, me deixado só, órfão de um amor que só ela tinha feito eu descobrir, órfão de um sentimento que não cabe dentro do peito, não cabe nesse mundo. E ali, pela primeira vez e última eu pude acariciá-la, ninar seu sono profundo. Fiz o que tanto desejei fazer desde que soube que estava grávida, desde que ela nasceu e teve que ficar naquela incubadora... Mas dessa vez, sem que ela também pudesse sentir o calor da minha pele, sentir todo o meu amor. 

O dia mais triste da minha vida... Como pode uma mãe ter que enterrar seu filho? Isso não deveria existir em lugar nenhum! É muita tristeza e dor para uma pessoa só carregar!

Hoje, um ano depois, eu choro com a mesma dor, com a mesma intensidade, como se estivesse acontecido ontem. Sei que o tempo tem me ajudado a amenizar tudo isso, mas relembrar todos aqueles momentos trás tudo a tona novamente e não dá pra segurar!

Em memória de tudo que passamos juntas, em memória de todas as lembranças, de todas as emoções que foi ter você dentro de mim, em memória do desejo de ter você nos meus braços, em memória do amor que todos nós sentimos por você, de todos os planos que tínhamos com seu nascimento, em memória de uma família que não se concretizou e de um futuro que não mais ocorrerá, dedico à você minha filha, todo o meu amor, todo meu respeito, toda a felicidade que tive durante todos os dias que estive com você. Dedico este post em sua homenagem e em sua memória... que sempre estará viva entre nós e dentro de mim.

Te amamos infinitamente Manuela!

Com AMOR... Mamãe.